E agora, do lado de cá...
Mas Chávez não tem, infelizmente, o monopólio do disparate (dentro em pouco poderá ser mesmo o único que lhe falta...).
Há meses, Chechávez anunciou que, ou as emissoras televisivas paravam de fazer campanha contra ele ou teria de lhes retirar a licença de funcionamento. É a velha estratégia do "podemos fazer com jeitinho ou à força" típica de mentes pouco liberais. Vindo do lado de Caracas, não provocou estranheza.
Agora, porém, foi a vez do comissário europeu da Saúde, Markos Kyprianou, ameaçar a indústria alimentar de que, se esta não deixar voluntariamente de publicitar comida não saudável para crianças, a Comissão Europeia «não terá outra alternativa senão adoptar legislação restritiva».
Claro que o conceito de "comida não saudável" e de "crianças" está escondido dentro da cabeça de cada um, pela sua bitola pessoal. E, a julgar pelas suas afirmações, a bitola do comissário deve ser bem mais abrangente que a da indústria em foco. É sempre mais fácil aos políticos mandar umas bocas pelos jornais do que trabalhar afincadamente no desenvolvimento e negociação de legislação adequada (mesmo que me oponha na esmagadora maioria das vezes à legislite que assola os nossos políticos, desejosos de provar a sua utilidade aos seus eleitores). Mas um estado de direito não pode viver de pressões informais de políticos. Um estado de direito vive com regras claras e simples, do conhecimento de todos. Ameaças são casos de polícia. Ah, e senhor comissário, ai de si se o vejo a abusar do Fetta...
Há meses, Chechávez anunciou que, ou as emissoras televisivas paravam de fazer campanha contra ele ou teria de lhes retirar a licença de funcionamento. É a velha estratégia do "podemos fazer com jeitinho ou à força" típica de mentes pouco liberais. Vindo do lado de Caracas, não provocou estranheza.
Agora, porém, foi a vez do comissário europeu da Saúde, Markos Kyprianou, ameaçar a indústria alimentar de que, se esta não deixar voluntariamente de publicitar comida não saudável para crianças, a Comissão Europeia «não terá outra alternativa senão adoptar legislação restritiva».
Claro que o conceito de "comida não saudável" e de "crianças" está escondido dentro da cabeça de cada um, pela sua bitola pessoal. E, a julgar pelas suas afirmações, a bitola do comissário deve ser bem mais abrangente que a da indústria em foco. É sempre mais fácil aos políticos mandar umas bocas pelos jornais do que trabalhar afincadamente no desenvolvimento e negociação de legislação adequada (mesmo que me oponha na esmagadora maioria das vezes à legislite que assola os nossos políticos, desejosos de provar a sua utilidade aos seus eleitores). Mas um estado de direito não pode viver de pressões informais de políticos. Um estado de direito vive com regras claras e simples, do conhecimento de todos. Ameaças são casos de polícia. Ah, e senhor comissário, ai de si se o vejo a abusar do Fetta...