Contradições e paradoxos da Velha Europa
Hoje, duas notícias aparentemente sem qualquer relação chamaram a minha atenção.
A primeira dizia que todos os anos morrem, em todo o mundo, dois milhões de crianças no seu primeiro dia de vida. Estas mortes ocorrem na sua grande maioria nos países de terceiro mundo, onde a falta de cuidados médicos básicos nos impede de salvar estas crianças.
A segunda dava conta de que, a cada minuto que passa são levados a cabo dois abortos na União Europeia, sendo a França o país mais compulsivo na prática, com cerca de 209.000 abortos. Ao todo são praticados na UE, por ano, perto de um milhão de abortos, ou seja, metade das mortes nas primeiras 24 horas de vida em todo o mundo.
Se a morte de dois milhões de crianças acabadas de nascer é vista como uma desgraça humana pelos países europeus, como podem as mesmas pessoas praticar e aceitar com naturalidade - e até com laivos de modernidade - a eliminação de um embrião, em vias de se tornar a mesma vida cuja morte lamentamos? Porque não chora? Porque não o vêm? Com que moral tentamos impor ao mundo regras básicas de direitos humanos e temos nós próprios comportamentos tão desprendidos e cruéis?
Independentemente da posição que tenhamos em relação à despenalização do aborto, é impossível ficar indiferente à crueldade dos números, que nos deverão fazer pensar antes de tomar qualquer decisão sobre esta matéria em Portugal.
A primeira dizia que todos os anos morrem, em todo o mundo, dois milhões de crianças no seu primeiro dia de vida. Estas mortes ocorrem na sua grande maioria nos países de terceiro mundo, onde a falta de cuidados médicos básicos nos impede de salvar estas crianças.
A segunda dava conta de que, a cada minuto que passa são levados a cabo dois abortos na União Europeia, sendo a França o país mais compulsivo na prática, com cerca de 209.000 abortos. Ao todo são praticados na UE, por ano, perto de um milhão de abortos, ou seja, metade das mortes nas primeiras 24 horas de vida em todo o mundo.
Se a morte de dois milhões de crianças acabadas de nascer é vista como uma desgraça humana pelos países europeus, como podem as mesmas pessoas praticar e aceitar com naturalidade - e até com laivos de modernidade - a eliminação de um embrião, em vias de se tornar a mesma vida cuja morte lamentamos? Porque não chora? Porque não o vêm? Com que moral tentamos impor ao mundo regras básicas de direitos humanos e temos nós próprios comportamentos tão desprendidos e cruéis?
Independentemente da posição que tenhamos em relação à despenalização do aborto, é impossível ficar indiferente à crueldade dos números, que nos deverão fazer pensar antes de tomar qualquer decisão sobre esta matéria em Portugal.
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