30 anos
Fiz trinta anos na semana passada. Calhou bem, pois o interregno laboral da Páscoa permitiu-me começar a dar vazão aos livros que familiares e amigos me ofereceram. E serviu também para alguma reflexão pessoal, sobre a forma como o tempo passa, num lento frenesim, e sobre as mudanças que fui sofrendo, tanto físicas como intelectuais, na forma de viver e de pensar.
Serve esta pequena introdução para dizer que cerca de 10 dias antes de nascer havia sido aprovada em São Bento a nova Constituição da República Portuguesa. Pois é, também ela já passou a barreira dos trinta... e também ela tem sofrido ligeiras mudanças e retoques. Infelizmente, mantém ainda hoje uma carga ideológica de inspiração claramente marxista que não corresponde já à forma de pensar da larga maioria do espectro político nacional. Foi escrita num momento absolutamente atípico da história do país, no calor do momento. Por esse facto, apresenta nalguns aspectos a lucidez de um casal de adolescentes apaixonados que decide casar após uma semana de namoro.
No entanto, não tem havido a necessária concertação entre os dois principais partidos no sentido de alterar a "mãe de todas as leis" e de, uma vez por todas, a transformar no pilar da democracia portuguesa e na referência de liberdade e desenvolvimento pessoal e colectivo dos cidadãos. Num catalisador do progresso e não da inércia. No velho estilo português, temos dado pequenos retoques na lei máxima sempre que tal foi imprescindível para aprovar outras leis - como em tantas outras - mas nunca ousámos alterar-lhe a filosofia, a começar pelo Preâmbulo. Ora Portugal mudou nos últimos 30 anos, tendo caminhado, nalgumas questões, num sentido claramente oposto ao desejado pelas forças revolucionárias do pós-25 de Abril. A febre da revolução passou, as ideias pueris assentaram e Portugal é hoje um país diferente do que se "lê" na Constituição. Cabe-nos voltar a colocar a Constituição Portuguesa no seu devido lugar, como referência do país que qeremos ter amanhã e não do que, ontem, queríamos ter hoje.
Serve esta pequena introdução para dizer que cerca de 10 dias antes de nascer havia sido aprovada em São Bento a nova Constituição da República Portuguesa. Pois é, também ela já passou a barreira dos trinta... e também ela tem sofrido ligeiras mudanças e retoques. Infelizmente, mantém ainda hoje uma carga ideológica de inspiração claramente marxista que não corresponde já à forma de pensar da larga maioria do espectro político nacional. Foi escrita num momento absolutamente atípico da história do país, no calor do momento. Por esse facto, apresenta nalguns aspectos a lucidez de um casal de adolescentes apaixonados que decide casar após uma semana de namoro.
No entanto, não tem havido a necessária concertação entre os dois principais partidos no sentido de alterar a "mãe de todas as leis" e de, uma vez por todas, a transformar no pilar da democracia portuguesa e na referência de liberdade e desenvolvimento pessoal e colectivo dos cidadãos. Num catalisador do progresso e não da inércia. No velho estilo português, temos dado pequenos retoques na lei máxima sempre que tal foi imprescindível para aprovar outras leis - como em tantas outras - mas nunca ousámos alterar-lhe a filosofia, a começar pelo Preâmbulo. Ora Portugal mudou nos últimos 30 anos, tendo caminhado, nalgumas questões, num sentido claramente oposto ao desejado pelas forças revolucionárias do pós-25 de Abril. A febre da revolução passou, as ideias pueris assentaram e Portugal é hoje um país diferente do que se "lê" na Constituição. Cabe-nos voltar a colocar a Constituição Portuguesa no seu devido lugar, como referência do país que qeremos ter amanhã e não do que, ontem, queríamos ter hoje.
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