Santa Casa do Monopólio do Jogo
O patrocínio de uma casa de apostas desportivas austríaca à 1ª Liga Portuguesa de Futebol é um case-study sobre a globalização, a abertura de mercados e as reacções à mesma. A betandwin avançou com um patrocínio que nenhuma empresa portuguesa teve ensejo de fazer. Assim que se começou a saber da possibilidade de ter uma casa de apostas a patrocinar o campeonato nacional, várias vozes de velhos do restelo se levantaram.
Ai, que horror, promove o jogo!
Pois, mas foi com o Euromilhões, um jogo que, em Portugal, é da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia, que saiu do país, em Julho, o equivalente a 1,4% do PIB...
E não ajuda os pobrezinhos, não apoia os mais necessitados!
Não, mas os vários casinos espalhados pelo país também não e isso não os tem impedido de patrocinar clubes de futebol. Daí a patrocinar a própria Liga, é uma questão de poder financeiro.
Mais uma vez temos um lóbi nacional que pretende impedir que os portugueses procurem e participem de opções de consumo mais adequadas ao seu perfil. A Santa Casa é livre de avançar para sistemas semelhantes aos da betandwin, com uma vantagem competitiva devido à longa ligação emocional que tem com os portugueses. Os casinos têm um estilo de oferta que pode ser substituído pela internet, mas não é emulável na perfeição pois, para os aficionados, o ambiente de uma sala de jogo, para mim semelhante ao de uma morgue com luz e som cheia de mortos-vivos, não pode ser reproduzido num ecrã de 15 polegadas. O mercado pode e deve evoluir. Mas as choraminguices a que assistimos na televisão, como se ambos fossem donos de uma moral que não existe (nem tem de existir) e os ingleses uns gananciosos prontos a sugar até ao tutano o dinheiro dos portugueses - coercivamente, suponho... - são de uma miséria intelectual sem limites. Por tudo isto, espero que o governo tenha o bom-senso de não se imiscuir. Os tribunais que decidam mas, a meu ver, se a lei impossibilitar este patrocínio, não pode permitir a nenhum dos outros intervenientes no mercado nacional do jogo a sua promoção.
Ai, que horror, promove o jogo!
Pois, mas foi com o Euromilhões, um jogo que, em Portugal, é da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia, que saiu do país, em Julho, o equivalente a 1,4% do PIB...
E não ajuda os pobrezinhos, não apoia os mais necessitados!
Não, mas os vários casinos espalhados pelo país também não e isso não os tem impedido de patrocinar clubes de futebol. Daí a patrocinar a própria Liga, é uma questão de poder financeiro.
Mais uma vez temos um lóbi nacional que pretende impedir que os portugueses procurem e participem de opções de consumo mais adequadas ao seu perfil. A Santa Casa é livre de avançar para sistemas semelhantes aos da betandwin, com uma vantagem competitiva devido à longa ligação emocional que tem com os portugueses. Os casinos têm um estilo de oferta que pode ser substituído pela internet, mas não é emulável na perfeição pois, para os aficionados, o ambiente de uma sala de jogo, para mim semelhante ao de uma morgue com luz e som cheia de mortos-vivos, não pode ser reproduzido num ecrã de 15 polegadas. O mercado pode e deve evoluir. Mas as choraminguices a que assistimos na televisão, como se ambos fossem donos de uma moral que não existe (nem tem de existir) e os ingleses uns gananciosos prontos a sugar até ao tutano o dinheiro dos portugueses - coercivamente, suponho... - são de uma miséria intelectual sem limites. Por tudo isto, espero que o governo tenha o bom-senso de não se imiscuir. Os tribunais que decidam mas, a meu ver, se a lei impossibilitar este patrocínio, não pode permitir a nenhum dos outros intervenientes no mercado nacional do jogo a sua promoção.
1 Comments:
E continuamos com os vícios do proteccionismo... Que eles continuem em Macau, não temos nada com isso. Mas porque terá a Sociedade Estoril Sol recusado - há cerca de 2 anos - uma proposta para o desenvolvimento de um projecto de apostas virtuais, através de um "site" a criar?...
By Anónimo, at 10:26 da tarde
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