Ideias Livres

quinta-feira, janeiro 05, 2006

O silêncio envergonhado da esquerda europeia

Com a morte de Yasser Arafat, nasceu a esperança para a resolução do conflito israelo-palestiniano.
Com a morte de Ariel Sharon - ou pelo menos o seu afastamento da cena política - esta poderá estar seriamente ameaçada.
Esta é a crua realidade que nenhum político da esquerda europeia alguma vez dirá - e, caso suceda, tirar-lhe-ei o meu chapéu invisível.
Durante todo este tempo, da boca de grande parte dos políticos europeus, em especial os da ala esquerda, não se ouviu uma palavra de apreço pelo trabalho realizado pelo velho falcão. De um momento para o outro, os Louçãs da velha Europa deixaram de falar da situação em Gaza e na Cisjordânia. Quanto maiores as possibilidades de resolução do conflito, criado por nós, europeus, mais estes tentavam desviar as atenções para outras paragens. Com este comportamento, fizeram cair a máscara da preocupação humanitária, tão firmemente presa à cara, deixando ver o rosto da mesquinhez política. Para eles, a questão palestiniana nunca foi mais do que uma peça de xadrez na luta contra o "imperialismo americano". Como abutres, procuram as misérias do mundo para se alimentarem politicamente, em vez de procurar construir futuros melhores. Praticam uma espécie de vampirismo político, que só subsiste onde houver "sangue". Esperemos que lhes seque a fonte...