O aborto como joguete político do PS
Pela enésima vez, a questão do aborto voltou à ordem do dia.
Posta de parte por um PS que se pretendia fotogénico perante os parceiros europeus, é agora rapidamente recuperado após o adiamento do referendo ao tratado constitucional europeu.
A discussão do aborto serve ao PS como anestésico político. Voltar a colocá-la como tema central da política nacional seria fazer esquecer os graves problemas económicos que o país atravessa, fazer esquecer os maus resultados que as sondagens dão ao Partido Socialista nas eleições autárquicas, dificultar o papel de Cavaco Silva enquanto candidato presidencial, devolver ao PS algum elan perdido por ter tido de sujar as mãos com temas tão mesquinhos como sejam as finanças públicas, perante os cidadãos e perante os restantes partidos de esquerda.
Veremos se o consegue fazer. Se tal suceder e conseguir não só efectuar - e vencer - o referendo mas também obter trunfos políticos para outros embates eleitorais, o principal responsável e derrotado será o PSD, que sob a liderança de Marques Mendes tem tido um papel bastante apagado na discussão política. E a este propósito será bom não esquecer o excelente desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa, há 9 anos atrás, à frente dos destinos do partido, numa situação semelhante à actual mas, dadas as condições económicas do país à data, ainda mais difíceis para o PSD.
Posta de parte por um PS que se pretendia fotogénico perante os parceiros europeus, é agora rapidamente recuperado após o adiamento do referendo ao tratado constitucional europeu.
A discussão do aborto serve ao PS como anestésico político. Voltar a colocá-la como tema central da política nacional seria fazer esquecer os graves problemas económicos que o país atravessa, fazer esquecer os maus resultados que as sondagens dão ao Partido Socialista nas eleições autárquicas, dificultar o papel de Cavaco Silva enquanto candidato presidencial, devolver ao PS algum elan perdido por ter tido de sujar as mãos com temas tão mesquinhos como sejam as finanças públicas, perante os cidadãos e perante os restantes partidos de esquerda.
Veremos se o consegue fazer. Se tal suceder e conseguir não só efectuar - e vencer - o referendo mas também obter trunfos políticos para outros embates eleitorais, o principal responsável e derrotado será o PSD, que sob a liderança de Marques Mendes tem tido um papel bastante apagado na discussão política. E a este propósito será bom não esquecer o excelente desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa, há 9 anos atrás, à frente dos destinos do partido, numa situação semelhante à actual mas, dadas as condições económicas do país à data, ainda mais difíceis para o PSD.
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