Irão - A democracia não basta
A vitória do ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, na segunda volta das eleições presidenciais iranianas, face ao ex-presidente Rafsanjani, contestada por algumas partes intervenientes,indicia à primeira vista uma provável diminuição das liberdades individuais dos iranianos. Nos últimos anos, o Irão tem assistido ao recrudescimento de alguns movimentos que procuram um aumento dos direitos de cidadania da população em geral e, em especial, das mulheres. O presidente Khatami pareceu mesmo apoiar algumas destas tendências. Porém, o braço religioso do regime, o Conselho dos Guardas, com poder de veto legislativo, tem impedido qualquer atitude reformista, mantendo o Irão no grau zero das liberdades individuais sociais e económicas, como se pode ver no Index of Economic Freedom 2005, da Heritage Foundation.
Sobre o Irão e a sua história contemporânea, ler "Persépolis", de Marjane Satrapi, uma banda desenhada autobiográfica premiada, sobre a vida no Irão antes e depois da Revolução de 1979 e também "Para Além da Crença", de V. S. Naipaul, editado em Portugal pela Dom Quixote, que nos dá uma excelente perspectiva do que significa, hoje, viver no Irão.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home