A destruição da indústria nacional - causas de um crime
Ontem, no canal 1 num debate entre Carvalho da Silva, da CGTP, um representante da UGT que não João Proença nem Rui Oliveira e Costa - o que é espantoso - e o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, Carvalho da Silva criticou o encerramento de toda a grande indústria nacional como se tal fosse culpa do "grande capital", como aprendeu nas cartilhas do partido, esquecendo-se que essa mesma indústria funcionava bem antes de ser totalmente nacionalizada e dominada por administradores públicos que mudavam ao sabor dos governos eleitos. Os "Mello e os Champalimaud", como foram apelidados pelos comunistas os grandes industriais portugueses do século XX, construíram impérios que davam emprego a milhares de pessoas, com condições sociais acima da média.
Foi o Estado português quem deixou destruir o valor criado, com falta de investimento, não modernizando as unidades fabris e aumentando artificialmente salários sem o respectivo aumento de produtividade. Mais uma vez se provou a péssima capacidade do Estado para gerir negócios, a qual, associada à total nacionalização da grande economia portuguesa após o 25 de Abril conduziu à decadência e subsidiodependência da mesma, que foi sendo ocultada com dinheiro europeu e com as privatizações iniciadas na segunda metade da década de 80. Porém, para boa parte da indústria pesada, era tarde demais, pois entre 75 e 85 a indústria mundial sofreu brutais reestruturações processuais - ver, por exemplo, The Chemical Industry at the Millennium, de Peter Spitz - não acompanhadas pelas empresas portuguesas. Esse atraso foi suficiente para aniquilar as possibilidades nacionais no competitivo mercado mundial. Os pólos industriais de Sines, Barreiro e Estarreja, que podiam ter criado colossais clusters industriais, nunca foram desenvolvidos e todos nós vamos sofrendo na pele os devaneios ideológicos de uma geração.
Foi o Estado português quem deixou destruir o valor criado, com falta de investimento, não modernizando as unidades fabris e aumentando artificialmente salários sem o respectivo aumento de produtividade. Mais uma vez se provou a péssima capacidade do Estado para gerir negócios, a qual, associada à total nacionalização da grande economia portuguesa após o 25 de Abril conduziu à decadência e subsidiodependência da mesma, que foi sendo ocultada com dinheiro europeu e com as privatizações iniciadas na segunda metade da década de 80. Porém, para boa parte da indústria pesada, era tarde demais, pois entre 75 e 85 a indústria mundial sofreu brutais reestruturações processuais - ver, por exemplo, The Chemical Industry at the Millennium, de Peter Spitz - não acompanhadas pelas empresas portuguesas. Esse atraso foi suficiente para aniquilar as possibilidades nacionais no competitivo mercado mundial. Os pólos industriais de Sines, Barreiro e Estarreja, que podiam ter criado colossais clusters industriais, nunca foram desenvolvidos e todos nós vamos sofrendo na pele os devaneios ideológicos de uma geração.
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