Que Millennium?
O que está a suceder no Millennium bcp é a triste mas lógica consequência de uma economia cada vez mais dependente, directa ou indirectamente do Estado, por onde passam todos os grandes negócios e esquemas deste país. À sua medida, Sócrates age como Putin e vai controlando, grão a grão, os principais instrumentos de poder não político, procurando - e conseguindo - condicionar a força de quem não está do seu lado. Fê-lo na Media Capital, cercando Balsemão. Fê-lo colocando homens do aparelho nas principais empresas onde o Estado detém participação. Está à beira de o conseguir agora, no maior banco privado, soltando-se do jugo estrangulador do Banco Espírito Santo, habituado a nomear ministros à esquerda e à direita. E estas são péssimas notícias para os portugueses.
São-no porque estas empresas prestariam o melhor serviço possível ao mercado se nele agissem sem qualquer espécie de favorecimento político nem agenda alternativa, de modo transparente e focados no cliente. No entanto, a intervenção política na economia conduz sempre à tomada de decisões que, ao favorecer os agentes políticos, prejudicam alguém. Ou o cliente ou o accionista. Como temos visto, os accionistas têm sido os primeiros a agradecer estes pretensos toques de Midas e a ceder à tentação de vender a alma ao diabo. Se o fazem como agentes racionais que são, é porque julgam poder ganhar com a escolha. Sobra, claro, o cliente, como você e eu, com conta num qualquer banco, elo mais fraco de uma equação em que a força do mercado teve de ceder quota à força do partido.
São-no porque estas empresas prestariam o melhor serviço possível ao mercado se nele agissem sem qualquer espécie de favorecimento político nem agenda alternativa, de modo transparente e focados no cliente. No entanto, a intervenção política na economia conduz sempre à tomada de decisões que, ao favorecer os agentes políticos, prejudicam alguém. Ou o cliente ou o accionista. Como temos visto, os accionistas têm sido os primeiros a agradecer estes pretensos toques de Midas e a ceder à tentação de vender a alma ao diabo. Se o fazem como agentes racionais que são, é porque julgam poder ganhar com a escolha. Sobra, claro, o cliente, como você e eu, com conta num qualquer banco, elo mais fraco de uma equação em que a força do mercado teve de ceder quota à força do partido.
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