Chávez e Portugal
Muito se tem falado nas últimas semanas do fala-barato - mas não menos perigoso - presidente venezuelano. De facto, Chávez usa regularmente uma linguagem grosseira, não tendo pudor em queimar adjectivos como fascista e genocida contra Aznar e Bush. Em suma, é arrogante, mal-educado e demagogo. A mim pessoalmente, faz-me lembrar Mussolini, na soberba pessoal, no populismo, na exaltação "nacionalista" de duas nações que não lhes pertencem (romana num caso, índia no outro), na defesa do socialismo vanguardista.
Esta semana, Chávez passou por Lisboa, tendo sido simpaticamente recebido pelo primeiro-ministro português. Tão simpaticamente que Chávez, que de manipulações do povo percebe muito, ao chegar a Caracas aproveitou ao máximo a visita (estrategicamente colocada a menos de um mês do referendo que lhe poderá permitir manter-se no cargo indefinidamente, com poderes fortemente acrescidos) para se vangloriar do apoio do amigo Sócrates - tentando com isso ganhar importantes votos entre a comunidade portuguesa. Assim, e com plena consciência dos seus actos, Sócrates deu um apoio activo a Chávez no importante referendo que se avizinha e que poderá dotar Chávez de poderes plenos, ao estilo dos garantidos por Júlio César em Roma e que significaram o fim da República. Em troca, potenciais investimentos portugueses no império chavista. Parabéns, engenheiro...
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