O médico e a doença
O Governo decidiu dissolver a comissão técnica de revisão do sistema de carreiras e remunerações na Administração Pública, que nomeara em Junho de 2005 e cujas primeiras conclusões, já vindas a público pese embora ainda não apresentadas oficialmente, apontam para um enorme excedente nos quadros do Estado e aconselham a liberalização do despedimento na Função Pública.
Aparentemente, esta comissão deveria ter apresentado a primeira parte do seu trabalho em Novembro de 2005. Não será difícil perceber que a falta de transparência e de racionalidade na administração pública terá arrasado esse prazo, adiando para as calendas a entrega da primeira parte do trabalho pedido, de levantamento das necessidades e dos excedentes. Mas a comissão não desistiu e levou o seu trabalho por diante, tendo finalmente chegado a algumas conclusões. A segunda fase do seu trabalho passaria pela criação de propostas de legislação que visariam corrigir os pontos negativos detectados - e que passariam, seguramente, pela liberalização dos despedimentos na função pública.
Temos portanto um paciente que não se sente bem, anda letárgico e sem forças, até um pouco anémico e dirige-se a um médico para este lhe fazer o diagnóstico. Infelizmente e por falta de equipamento adequado, o médico demora algumas semanas a conseguir perceber qual o real problema mas acaba por efectuar um diagnóstico. Quando este se prepara para iniciar o tratamento, o paciente, apercebendo-se da real gravidade da doença e da dureza do período de convalescença, prefere virar costas às sugestões e recorrer à automedicação ou, quem sabe, a um curandeiro... aguardam-se as cenas dos próximos capítulos...
Aparentemente, esta comissão deveria ter apresentado a primeira parte do seu trabalho em Novembro de 2005. Não será difícil perceber que a falta de transparência e de racionalidade na administração pública terá arrasado esse prazo, adiando para as calendas a entrega da primeira parte do trabalho pedido, de levantamento das necessidades e dos excedentes. Mas a comissão não desistiu e levou o seu trabalho por diante, tendo finalmente chegado a algumas conclusões. A segunda fase do seu trabalho passaria pela criação de propostas de legislação que visariam corrigir os pontos negativos detectados - e que passariam, seguramente, pela liberalização dos despedimentos na função pública.
Temos portanto um paciente que não se sente bem, anda letárgico e sem forças, até um pouco anémico e dirige-se a um médico para este lhe fazer o diagnóstico. Infelizmente e por falta de equipamento adequado, o médico demora algumas semanas a conseguir perceber qual o real problema mas acaba por efectuar um diagnóstico. Quando este se prepara para iniciar o tratamento, o paciente, apercebendo-se da real gravidade da doença e da dureza do período de convalescença, prefere virar costas às sugestões e recorrer à automedicação ou, quem sabe, a um curandeiro... aguardam-se as cenas dos próximos capítulos...
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