Ideias Livres

quinta-feira, abril 23, 2009

A Bíblia dos Idiotas Latino-Americanos

A ler a crítica de Alvaro Vargas Llosa, no The New Republic, ao livro que Chávez ofereceu, para jornalista ver, a Barack Obama na recente Cimeira das Américas.

Obama, se fosse homem, tinha-lhe dado em troca "The Guide to the Perfect Latin American Idiot", precisamente de Vargas Llosa...

terça-feira, abril 21, 2009

Tell Barroso

Parece que os eurocratas estão a perder a imaginação.

Agora já nos perguntam onde devem gastar o nosso dinheiro...

http://www.tellbarroso.eu

segunda-feira, abril 20, 2009

À Espera da Inflação

Ben Bernanke pensa ser capaz de definir qual o momento certo para subir as taxas de juro e impedir a escalada da inflação.

Não querendo perder aqui tempo a explicar porque não concordo sequer com este poder (o Carlos Novais fá-lo muito melhor do que eu), deixo as 4 razões indicadas por Henry Blodget para que seja muito difícil que isso aconteça:

First, it will be hard to confidently assert that the economy in full recovery. Remember, in 2007, Ben (and most other people) thought the economy was in great shape as far as the eye could see. He and most other observers missed that disastrous turning point. So why do we think he'll correctly spot the next one? Especially because, if he blows it by jacking up rates too early, he'll kill the recovery.

Second, there will be intense political pressure to MAKE SURE that the economy is in rip-roaring health before hammering consumers and businesses by raising interest rates. Everyone loves low interest rates. And they'll only stop screaming about your taking them away when they're fat and happy (which will be long after inflation really gets going).

Third, the US government desperately needs low interest rates to fund its soon-to-be-monstrous debt load, so there will be another source of pressure on Ben to keep rates low. When we finish with all this stimulus, we're going to owe a boatload of money. We're really going to allow our Fed chief to send interest rates to the moon and jack up our refinancing costs?

Fourth, many of the assets that Bernanke has been buying to print money won't be easy to sell. This time around, the Fed isn't just buying easy-to-sell Treasuries. It's buying trash mortgage assets, et al. To reduce the money supply, it will need to sell them to someone. But who?

quinta-feira, abril 16, 2009

Proteccionismo para Tótós


segunda-feira, abril 06, 2009

A bolsa e a vida

Camilo Lourenço critica hoje no Jornal de Negócios a opinião dada por Simonetta Luz Afonso ao mesmo jornal, onde esta clamava por "gente rica a sério, que invista" e não de "gente que brinca na bolsa".

O artigo de Camilo Lourenço está bom e recomenda-se. Gosto especialmente do último parágrafo.

Mas a entrevista de Simonetta encerra outro mito: o de que a Bolsa é um lugar mal frequentado e de pouca utilidade para a Economia. Não é assim. A Bolsa, apesar dos seus pontos fracos, é um excelente meio de financiamento das empresas. Houvesse mais empresários, nomeadamente donos de PME, que recorressem a ela e estaríamos muito melhor. Porque não teríamos empresas tão dependentes da Banca. E porque os empresários (não será patrões?) teriam aprendido a ultrapassar outro grande handicap português: a dificuldade de partilhar o poder. Neste caso a gestão.

O problema de pessoas como Simonetta Luz Afonso e outros iluminados do nosso país é o de viverem permanentemente na proximidade do Estado (ou, pelo menos, do Orçamento de Estado). Para eles, nunca foi muito difícil obter financiamento para os seus projectos. Ele surgia do erário público, uma pequena moeda tirada diariamente a todos os portugueses. Por isso, não compreendem o papel da Bolsa, um sítio onde qualquer um pode ir, seja de tailleur ou fato-macaco, esteja em Bragança ou no Terreiro do Paço. Preferem o estilo do Estado Novo, com meia dúzia de empresários, mais ou menos controlados pelo poder político, a tal "gente rica a sério". Gente séria, de famílias sérias, que faz negócios sérios em sítios sérios. E em que nunca se fala de dinheiro. Porque ele aparece.

quinta-feira, abril 02, 2009

Bolívia, a idolicida

Se a palavra realmente existe, não sei. Mas adequa-se a este tema na perfeição.

À semelhança do mercenário que tanto admira, também Maradona foi arrasado na sua passagem pela Bolívia. Felizmente para ele, a guerra é outra, com bola. Enquanto Che foi morto na selva boliviana, Maradona, seleccionador de futebol do seu país (o que já de si diz muito sobre a tomada de decisões na Argentina), foi triturado pelos bolivianos, tendo perdido por 6-1 e igualado o pior resultado da história da selecção alvi-celeste.

A grande diferença é que, enquanto a morte de Che o elevou ao estatuto de ídolo, esta derrota terá significado o início do fim desse estatuto para Diego Armando Maradona ou seja, menos jovens a tatuar o seu rosto nos bíceps ou nas coxas, à semelhança do que ele fez com Che...